terça-feira, 6 de novembro de 2012

Meu Maior Presente


Disseram hoje que eu adoro te magoar...
E de certa forma isso me fez pensar
Naquelas vezes que eu te disse o que eu pensava sem pensar,
E nas besteiras que fazemos quando não entendemos os motivos uns dos outros...

Agora percebo que de nada vale o julgamento de um pro outro
Já que o outro nunca esteve na minha exata posição
E se estivesse, seria outro!
Por mais vil e fria condição que possa ocorrer, ainda sim,
Nossos momentos diferem, assim como meu certo e o teu correto.

Por isso, pai... Me perdoa!
Das horríveis palavras que te joguei!
Mesmo depois de tu ter jurado a vida por mim e prometido fazer do meu bem teu objetivo...

Perdoa o meu argumento absurdo de adolescente contra os teus,
Quando eu não sabia ainda das aflições humanas pelas quais tu tanto passou e tentou me privar.
Aquelas que eu, só agora, consigo ver de longe num horizonte ainda distante.

Perdoa, pai... Minha falta de maturidade,
Por não entender teu carinho e tua atitude sábia
Quando tu me deu o teu melhor e recebeu meu descaso,
Assim como fazem os filhos quando lhes falta ainda entendimento sobre a vida.

Só agora depois de tantos anos eu começo a perceber que nada do que sou seria,
Nem nada do que tenho haveria,
Se por acaso tu não tivesse feito quaisquer das coisas que fizeste sem sequer hesitar em meu apoio.
É por essas e todas as coisas indizíveis que tu ainda fará sem que eu perceba ou entenda
Que eu vou viver e morrer sem que exista pagamento para o maior presente que há: o amor.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Futilidade


Tanta gente me confessa que busca alguém que chegue para ficar
Que é raro e difícil encontrar quem nos dê valor
Mas eu vejo atitudes sempre, a isso, se opor

Bocas cheias de versos, largos, rasos
Como uma poça no deserto
Que uma simples brisa, amanhã desfará

Solidão se aproxima pelas palavras sem verdade
Se o que buscamos é a felicidade
Porque é tão difícil se entregar?

Tentar parecer mais interessante
É sugerir que, ao normal, não é cativante!
Ah! Mundo: um teatro vazio de cortinas abertas...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Graças a Deus


Por fim, entendo que, de fato, não há Deus!
Caso contrário, onde estaria o conforto e a paz tão almejada por todos?
Nenhum Deus faria com que a humanidade sofresse eternamente ansiando por uma redenção que nunca veio nem virá!
Que Deus é esse que traz os homens à vida, deixa-lhes as belezas e prazeres conhecer, para depois castigar com angústias e desilusões aterradoras por demais (e repetidas), até que, fartos do mundo ou velhos demais para contestar a morte, perecem?
O que é Deus, se não uma personificação de tudo aquilo que não conseguimos explicar? Ou pior: uma forma de subjugar outros que ainda não sabem o que pouco sabemos.
Não, me desculpe amigo cristão, estamos sozinhos.
Graças a Deus...

terça-feira, 22 de maio de 2012

País de Todos


Sou feliz por ainda estar aqui...
Por poder cantar
E acreditar que, pelo menos, posso fugir da injustiça
Por poder, ainda, omitir minha sede de brigar pelo que é certo.
Sejamos gratos por poder viver em silêncio
Nesta terra onde já não se fazem queixas
Porque já não há mais pena.
No nosso Brasil: "país de todos".

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Indiferença

Ao tentar demonstrar tua falta, ainda na vergonha de dizer que me faltavas
Estraguei o tão pouco que conquistei
E o fiz na ilusão de que, muito mais, havia conquistado
Percebi, tarde demais, que errei o mesmo erro de outras vezes

Se, era tempo o que o nosso tempo mais precisava
Então de que vale o que eu sentia,
Se não para deixar queimar tudo assim, de uma só vez,
E só depois acabar ou mudar para algo maior?

Agora tanto faz o que se foi e o que virá
Meu momento não há como descrever
Apenas te sou grato pelas horas que passamos
E agradeço por me ouvir cantar: foi prazer mais meu!

Amanhã, e ainda depois, vou ansiar por teu chamado
Mesmo sabendo que, como sempre, não virá
E vai me partir ao meio, como já foi antes,
Mas viverei...

Ao que o sol raiar
Tentarei lembrar do telefone que não tocava
E do beijo que, em vão, esperei
Vou me forçar a convencer de que pouco perdi, já que na verdade, nunca fostes minha.