segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Indiferença

Ao tentar demonstrar tua falta, ainda na vergonha de dizer que me faltavas
Estraguei o tão pouco que conquistei
E o fiz na ilusão de que, muito mais, havia conquistado
Percebi, tarde demais, que errei o mesmo erro de outras vezes

Se, era tempo o que o nosso tempo mais precisava
Então de que vale o que eu sentia,
Se não para deixar queimar tudo assim, de uma só vez,
E só depois acabar ou mudar para algo maior?

Agora tanto faz o que se foi e o que virá
Meu momento não há como descrever
Apenas te sou grato pelas horas que passamos
E agradeço por me ouvir cantar: foi prazer mais meu!

Amanhã, e ainda depois, vou ansiar por teu chamado
Mesmo sabendo que, como sempre, não virá
E vai me partir ao meio, como já foi antes,
Mas viverei...

Ao que o sol raiar
Tentarei lembrar do telefone que não tocava
E do beijo que, em vão, esperei
Vou me forçar a convencer de que pouco perdi, já que na verdade, nunca fostes minha.