sábado, 17 de setembro de 2011

Perfeição

Em meu tempo de menino
Minha arte era mais nua
Simples, tosca,
Quase chula

Com estudo e muito tempo
Me tornei mais sabedor
Fiz do verso, uma ciência
Mais, da arte, pensador

Na ambição pela beleza,
Minha obra se perdeu
Não mais limpa e transparente
Mas vazia e sem amor

Hoje, lembro do início
Pouca rima, pouca cor
Inocente e sem pudor
Mas me agrada assim, sim!

Enquanto o erro conduz à correção
São os defeitos que começo a usar
Somos todos imperfeitos
E por isso, há perfeição!