sábado, 13 de agosto de 2011

Se a Mente Não Vigia


Nessa busca por sentido
Dá-se passos no escuro
Acabando por seguir
Ao relevo da vida

Enquanto o tempo passa
No relento, ao deleite
Não se pode reclamar
Se as ações não fazem frente

Nos refrões do dia-a-dia
É presente a hipocrisia
Pois não valem, esses versos
Se a mente não os vigia

Meu Jeito de Amar



Poetas vivem de momentos
E não me culpe pelos momentos
Que nunca foram para sempre
Sou poeta, não ator

Eu sempre soube
Como falar ao coração
Sempre ao alheio
Ao meu não, ao meu não...

Não sei fingir,
Não sei mentir,
Só sei falar, tudo que sei
Só sei cantar e cantar!

É pena eu não poder ditar
Obrigar, mandar nesse meu peito
E fazer, assim, eleito
Meu próprio jeito de amar

As Linhas Da Minha Palma

Hoje à noite as horas passam sem perceber
Vejo o quanto tão distante podemos ser
E como, assim, dói viver...

No meu peito bate uma dor anormal
Mas no fundo eu sei que isso tudo é tão natural
Todos nós sabemos que a vida é tão desigual...

Minha mente diz que assim, pra nós, é melhor
Mas no corpo, a vontade de te ter, é maior
E eu fico sem conseqüência...

Juntos, são só diferenças e não há paz
Mas sozinho sei que meu mundo não é capaz
E não há mais ninguém que me satisfaz...

Sei que volto e te faço sofrer
Se não volto, minto em dizer que não quero mais te ver
O que fazer, se na mente, tu não cala!?

E a razão me faz pegar uma forma de calma
E a lágrima não cai pra não lavar a alma
Encurtando mais e mais as linhas da minha palma...