Minha noite beira a loucura
Sinto próximo o fim do teu apelo
Nenhuma carta mais
Nenhum recado
Conforme pedi
Em uma hora racional e ponderada,
Teu amor silenciou
Mas o meu não... Mas o meu não...
Eu sei, é fútil e simples assim
E parece poesia barata
As coisas são como são
Sei que a vida não tem parada...
E a garrafa de vinho que me deste
Não será aberta,
Ficará na lembrança do que poderia ter sido
Mas não foi, nunca foi...
Me rodeio de artifícios pra não te lembrar
Para não notar teu perfume e tuas coisas espalhadas
Como posso ceder a teu chamado,
Na certeza de um amor sem amanhã?