segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dúvida

Quando o mais leal e confidente
Torna-se mais digno de suspeita que de confiança
Não há mais motivos para agrados e risadas
Salvo as falsidades e aparências

Pena eu não ser homem de língua afiada, ladino
De conquistar simpatia até dos inimigos
Boto logo o preto no branco
Jogo limpo, reto, claro

A incerteza só me traz confusão
Mas pelos anos e teor da amizade
Devo-lhe a dúvida
Antes do veredito

Apenas a miragem da traição
Basta para levantar meu ódio e mágoa
E já não sei se é maior o medo de saber a verdade
Ou de conhecer o culpado

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alvorada

É uma alegria estranha
Quando acordo nas manhãs de inverno
E vejo os recém nascidos raios de sol pela janela

É uma sensação...
Como se a vida tivesse renovado
E tudo que foi não é mais, é novo

Será que a noite lembrou como se faz mágica?
Transformando em esperança o que jazia morto
Entregando à alvorada um poder de fênix...

Meu peito explode de vontade
Ainda que sem foco...
Como se pela droga, ou pela paixão, não sei
Euforia contida pela razão

E a canção que desse momento nasce
É só pra mim, ninguém mais
Pra lembrar que o ontem não voltará
E que bom que é assim... Que bom que é assim!