Disseram
hoje que eu adoro te magoar...
E de certa
forma isso me fez pensar
Naquelas
vezes que eu te disse o que eu pensava sem pensar,
E nas
besteiras que fazemos quando não entendemos os motivos uns dos outros...
Agora
percebo que de nada vale o julgamento de um pro outro
Já que o
outro nunca esteve na minha exata posição
E se
estivesse, seria outro!
Por mais vil
e fria condição que possa ocorrer, ainda sim,
Nossos
momentos diferem, assim como meu certo e o teu correto.
Por isso,
pai... Me perdoa!
Das horríveis palavras que te joguei!
Mesmo depois
de tu ter jurado a vida por mim e prometido fazer do meu bem teu objetivo...
Perdoa o meu
argumento absurdo de adolescente contra os teus,
Quando eu
não sabia ainda das aflições humanas pelas quais tu tanto passou e tentou me
privar.
Aquelas que eu,
só agora, consigo ver de longe num horizonte ainda distante.
Perdoa,
pai... Minha falta de maturidade,
Por não
entender teu carinho e tua atitude sábia
Quando tu me
deu o teu melhor e recebeu meu descaso,
Assim como
fazem os filhos quando lhes falta ainda entendimento sobre a vida.
Só agora
depois de tantos anos eu começo a perceber que nada do que sou seria,
Nem nada do
que tenho haveria,
Se por acaso
tu não tivesse feito quaisquer das coisas que fizeste sem sequer hesitar em meu
apoio.
É por essas
e todas as coisas indizíveis que tu ainda fará sem que eu perceba ou entenda
Que eu vou
viver e morrer sem que exista pagamento para o maior presente que há: o amor.